Um documento diplomático vazado revela que a administração americana está instruindo diplomatas a pressionar países como a Europa, Canadá, Austrália e Nova Zelândia a adotarem políticas migratórias mais restritivas. A Casa Branca argumenta que a “migração em massa” representa uma ameaça à “civilização ocidental” e exige maior alinhamento de seus parceiros.
Washington Exige Endurecimento nas Políticas Migratórias de Aliados
Documentos diplomáticos confidenciais, obtidos pelo The New York Times, revelam uma escalada na pressão dos Estados Unidos sobre seus principais aliados ocidentais – incluindo nações europeias, Canadá, Austrália e Nova Zelândia – para que implementem medidas mais rigorosas de restrição à migração em massa. A iniciativa, liderada pelo Departamento de Estado, reflete uma tentativa da administração americana de alinhar a política migratória global à sua visão de “tolerância zero”.
De acordo com o teor do telegrama, diplomatas americanos foram instruídos a levantar preocupações dos EUA sobre a migração, especificamente citando a suposta associação de “crimes violentos” a pessoas com histórico migratório. O governo americano não apenas busca restringir a entrada de migrantes, mas também exige que seus parceiros ocidentais dialoguem com o aumento da “preocupação pública” sobre o tema.
Alinhamento com a Extrema-Direita Europeia
A linguagem e as diretrizes contidas no documento se aproximam da retórica utilizada por partidos políticos de extrema-direita em diversos países europeus. O Departamento de Estado americano chegou a afirmar que a migração em massa “ameaça a civilização ocidental”.
Além da pressão por restrições, o Departamento de Estado orientou seus diplomatas a incluir, em relatórios anuais de direitos humanos, casos de governos estrangeiros que supostamente tentam censurar discursos de grupos e indivíduos de extrema-direita sobre imigração. Esta medida indica um esforço para proteger e amplificar vozes críticas à política migratória aberta dentro das nações aliadas.
Revisão e Cooperação Global
Os Estados Unidos anunciaram, separadamente, que irão revisar as políticas migratórias de seus aliados ocidentais por meio de relatórios detalhados elaborados por suas embaixadas. Embora o Departamento de Estado afirme respeitar a soberania de seus parceiros, ele declara estar disposto a cooperar para enfrentar o que considera ser uma crise global.
A pressão por restrições mais duras contrasta com estudos que apontam os impactos econômicos positivos da migração em longo prazo para as economias europeias, à medida que os imigrantes se tornam residentes permanentes e contribuem com taxas e impostos. No entanto, o debate público e as preocupações com a capacidade de integração e segurança continuam sendo fatores políticos dominantes na região.
Essa ofensiva diplomática sublinha a prioridade da atual administração americana em moldar a política internacional de acordo com suas preocupações domésticas e ideológicas em relação à imigração.
Fontes de Informação
As seguintes fontes foram consultadas para embasar a reportagem, confirmando a pressão dos EUA e as diretrizes aos diplomatas:
-
Infomoney/The New York Times
-
Monitor Mercantil/Europa Press
-
Poder360
-
Investimentos e Notícias








