O verão europeu deste ano está sendo marcado por altas temperaturas, com países como Itália e Espanha registrando temperaturas acima dos 40 graus. As orientações indicam que os dias quentes ainda persistirão, o que preocupa especialmente os mais idosos. Neste artigo, você encontrará informações sobre como os países estão lidando com as altas temperaturas, os recordes de calor no mundo e dicas de como se proteger do calor.
Na Itália, as temperaturas escaldantes têm sido acompanhadas por chuvas torrenciais, o que causou inundações e penetrações de terra em algumas regiões. Já na Espanha, o alerta vermelho foi acionado em diversas áreas do país, com temperaturas que ultrapassaram os 42 graus. Na França, as temperaturas registradas são as segundas mais altas desde 1900. Enquanto isso, a Alemanha tem escapado dos extremos de calor. Portugal, por sua vez, é mais quente e úmido, mas sem exageros.
Países apresentam altas temperaturas no centro das atenções
O extremo calor tem sido um problema crescente na Europa, com mais de 60 mil mortes relacionadas ao calor durante o verão de 2022. Os meses de julho e agosto foram particularmente afetados. Infelizmente, a compreensão para este ano não é a melhor. De acordo com um estudo recente, se a Europa não agir rapidamente, espera-se que a média de mortes por verão aumente para mais de 68 mil até 2030 e mais de 90 mil até 2040.
A necessidade de prevenção e adaptação ao calor é urgente. Vários países estão tomando medidas para enfrentar esse desafio, incluindo a implementação de sistemas de alerta precoce, a criação de áreas de resfriamento e a promoção de comportamentos saudáveis durante os períodos de calor intenso. No entanto, ainda há muito a ser feito para garantir a segurança e o bem-estar das populações afetadas.
Na Itália, temperaturas escaldantes e chuvas torrenciais
Na Itália, as temperaturas estão ultrapassando os 40 graus e o verão pode quebrar o recorde de calor do ano passado. O Ministério da Saúde da Itália divulgou alertas diários sobre o nível de calor em todo o país, com muitas localidades marcadas como nível 3, que é considerado um nível de emergência. Esse nível de calor pode ter efeitos negativos na saúde de pessoas saudáveis e ativas, e não apenas em subgrupos de risco, como idosos, crianças muito pequenas e pessoas com doenças crônicas.
No norte da Itália, especialmente em Milão, a proteção civil emitiu um alerta meteorológico laranja por causa das chuvas, rajadas de vento e queda de granizo nos próximos dias. No sul, uma nova onda de calor é esperada com a chegada de um anticiclone africano que poderá elevar a temperatura acima dos 43 graus. Os institutos meteorológicos apontam que a frequência deve atingir novamente os 40 graus nas regiões sul e nas ilhas. Em situações extremas, as temperaturas podem bater os 48 graus na Sardenha e 45 graus na Sicília.
A instabilidade climática deve continuar, com calor recorde e aguaceiros, como aconteceu em Milão na primeira semana de julho. É importante que as pessoas tomem medidas para se protegerem do calor, como beber muita água, evitar a exposição direta ao sol durante as horas mais quentes do dia, usar roupas leves e soltas e ficar em locais com ar-condicionado ou ventiladores.
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Espanha em alerta vermelho
Você sabia que a Espanha está enfrentando uma onda de calor com temperaturas extremas? A agência estatal de meteorologia do país, AEMET, acendeu o sinal vermelho em diversas regiões, com temperaturas de até 43 graus.
Para lidar com essa situação, o país elaborou em 2004 um Plano Nacional de Ações Preventivas dos Efeitos do Excesso de Temperatura na Saúde. O objetivo é fornecer um sistema de alerta para temperaturas extremas para reduzir o impacto na saúde da população em consequência do excesso de calor, tendo como indicadores as informações disponibilizadas pela AEMET.
Segundo os meteorologistas, as temperaturas podem atingir máximas acima do normal, na média, batendo os 44 graus. eventualmente, espera-se até mesmo uma quebra do recorde de mais de 47 graus, registrada na Espanha em agosto de 2021.
As variações para os próximos dias variam de 36 a 40 graus, dependendo da região do país. Além disso, as temperaturas mínimas podem ficar acima dos 25 graus, o que não é nada agradável para quem conta com noites mais frescas.
De acordo com a AEMET, ainda não é possível definir com precisão quando chega ao fim essa onda de calor. A agência divulga boletins frequentes em suas contas no Twitter e no Instagram.
As temperaturas na França são as segundas mais altas desde 1900
Desde o final de maio, as temperaturas na França estão mais altas do que o normal. De acordo com os dados oficiais do serviço de meteorologia francês, junho de 2023 foi o segundo mês mais quente desde o início do século XX, perdendo apenas para junho de 2003.
As mudanças climáticas têm sido sentidas desde a segunda quinzena de maio, com ondas de calor alternadas por chuvas fortes e tempestades de granizo. O nível de exposição solar no país também foi o segundo mais elevado em junho, ficando para trás apenas no mesmo mês do ano passado.
As médias de temperatura na França subiram 6 graus pontualmente, fechando o mês de junho com valores em torno de 2,6 graus acima do normal. Para referência, o mês mais quente (junho de 2003) teve temperaturas médias 3,5 graus acima do normal para o período.
Embora as temperaturas na França não tenham atingido níveis tão altos quanto na Espanha, a população ainda sofre com o calor. Em Nice e em muitas outras cidades europeias, as pessoas se refrescam como podem para fugir do calor.
A França monitora todas as suas regiões, com alertas que variam do amarelo ao vermelho. De acordo com as variações mais recentes (do dia 18 de julho), não há alertas vermelhos. Apenas uma região está com aviso laranja e 29 aparece em estado de vigilância amarelo.
Alemanha escapada dos extremos de calor
Em 2023, a Alemanha tem se mantido longe dos extremos de calor que foram registrados em 2022, um dos anos mais quentes já registrados no país. De acordo com o serviço meteorológico alemão (DWD), as temperaturas médias em 2022 foram as mais altas da série histórica iniciada em 1881, empatando com o ano de 2018, outro período de extremo calor.
No entanto, para os próximos dias, de acordo com os boletins mais recentes (em 18 de julho) do DWD, não há nenhum alerta de calor ou chuvas fortes. O chefe do departamento de monitoramento climático do DWD afirmou em um comunicado emitido no início de julho que, nos modelos criados para 2023, não aparece nenhuma grande ameaça de ondas de calor ou de ocorrências extremas.
Portugal mais quente e úmido, mas sem exageros
Apesar de a vizinha Espanha estar enfrentando dias de extremo calor, você pode ficar tranquilo ao visitar Portugal, pois o país tem se controlado com temperaturas mais controladas. O IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) chegou a emitir alguns avisos laranjas para alguns distritos do país, mas todos relacionados aos riscos associados às chuvas fortes e alagamentos.
As altas temperaturas fora da época apareceram mais em abril, quando algumas localidades chegaram a bater os 35 graus, quando a média para o período fica em torno dos 18 graus. O mês de abril deste ano foi o mais quente dos últimos 80 anos.
No entanto, até o momento, 2023 está atrás de 2022, o ano mais quente de Portugal desde 1931, de acordo com o boletim anual do IPMA.
Segundo a previsão do IPMA para as próximas semanas, não há qualquer aviso relevante de chuva ou calor extremo, com temperaturas que, no máximo, ficarão em torno de 35 graus.
Recordes de calor no mundo
2023 pode ser um dos anos mais quente
O mundo está enfrentando altas temperaturas e isso tem se tornado cada vez mais evidente. Foi o primeiro semestre de 2023 classificado como o terceiro ano mais quente já registrado, com uma temperatura global de 1,01 grau acima da média do século 20 (13,5 graus).
As altas temperaturas registraram-se tanto na terra quanto no oceano, o que representa um risco de impactos elevados nos ecossistemas e no meio ambiente. Segundo os técnicos, esses registos de temperaturas na terra e no oceano representam um grande risco.
O Oceano Atlântico também corta registros de calor. A temperatura na superfície do Atlântico Norte subiu 1,5 grau acima da média histórica, um aquecimento considerado “sem precedentes”. Esse aumento de temperatura pode ter consequências graves para o meio ambiente.
As altas temperaturas têm se tornado cada vez mais frequentes e é importante que sejam tomadas medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas.
Dias mais quentes também nos próximos anos
A culpa é do El Niño
Nos próximos anos, as temperaturas médias globais continuarão a subir e é provável que sejam mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais por pelo menos um ano, segundo um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Essa previsão está em linha com outras projeções, incluindo um do programa de observação da terra da União Europeia, o Copernicus, que prevê que a temperatura média global do ar pode exceder os níveis pré-industriais em mais de 1,5 graus em períodos nos. próximos doze meses.
A primeira vez em sete anos que a OMM comprometeu-se com o surgimento do El Niño, evento climático desenvolvido na região tropical do Oceano Pacífico e que cria condições para o aumento da temperatura e instabilidade no clima. O El Niño surge em intervalos de dois a sete anos e dura de nove meses a um ano. A atualização mais recente da organização prevê que este episódio tem 90% de probabilidade de continuar na segunda metade de 2023.
Segundo a OMM, o início do El Niño aumentou muito a probabilidade de o mundo bater novos recordes de temperatura. O recorde atingido em 2016, quando houve um El Niño específico forte, pode se superar. Os eventos do El Niño estão normalmente associados ao aumento das chuvas em partes da América do Sul, dos Estados Unidos, do Chifre da África e da Ásia Central. Por outro lado, o El Niño também pode causar graves secas na Austrália, Indonésia, áreas do sul da Ásia, América Central e no norte da América do Sul.
Como se proteger do calor
- Evite expor-se ao sol direto nas horas mais quentes do dia, entre 11h00 e 18h00. As temperaturas elevadas e a umidade podem provocar sintomas associados à calor e queimaduras.
- Evite áreas particularmente movimentadas, especialmente para crianças muito pequenas, idosos, convalescentes, pessoas com asma e outras doenças respiratórias.
- Saia nas horas mais frescas, mantendo uma distância de pelo menos um metro de outras pessoas.
- Garanta uma troca de ar adequada: a ventilação natural resulta em uma melhor troca de ar do que a ventilação mecânica.
- Passe as horas mais quentes do dia no cômodo mais fresco da casa, molhando o rosto com água fria sempre que possível. Se possível, use um ventilador ou ar condicionado para manter o ambiente fresco.
- Use roupas leves e em fibras naturais, como algodão e linho. Cubra a cabeça com um chapéu de cor clara e use óculos de sol para proteger os olhos dos raios UV.
- Proteja sua pele das queimaduras solares com protetores solares de alto fator. Reaplique o protetor solar a cada duas horas ou após nadar ou suar.
- Beba líquidos com frequência, preferencialmente água. Evite bebidas carbonatadas ou açucaradas, chá e café. Evite também bebidas muito geladas e bebidas alcoólicas.
- Siga uma alimentação leve, preferindo massas e peixes à carne e evitando alimentos industrializados e condimentados. Coma muitas frutas e vegetais frescos para mantê-lo hidratado.
- Preste atenção à correta conservação de alimentos perecíveis, como laticínios e carne.
- Se o carro não tiver ar condicionado, evite viajar nas horas mais quentes do dia.
- Não deixe pessoas não autossuficientes, crianças e idosos, mesmo que por pouco tempo, no carro estacionado ao sol.
- Oferecer assistência a pessoas de maior risco, como idosos que vivem sozinhos, e situações específicas que necessitem de intervenção nos serviços sociais e de saúde.