Portugal como Monarquia: uma visão histórica

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Neste artigo, vamos falar sobre a época em que Portugal era uma monarquia. Vamos explorar como era a vida durante esse período, quais foram as principais características da monarquia portuguesa e como o país evoluiu ao longo dos anos.

Durante a época da monarquia em Portugal, o país passou por muitas mudanças. A monarquia portuguesa estabeleceu-se em 1139, quando Afonso Henriques se tornou o primeiro rei de Portugal. Durante os séculos seguintes, a monarquia portuguesa passou por altos e baixos, enfrentando desafios internos e externos.

Embora a monarquia portuguesa tenha sido abolida em 1910, sua influência ainda é sentida em Portugal hoje. Ao longo dos anos, a monarquia portuguesa deixou um legado duradouro, incluindo a arquitetura, a cultura e a língua portuguesa. Vamos explorar tudo isso e muito mais neste artigo.

Origens da Monarquia Portuguesa

Em primeiro lugar, a Monarquia Portuguesa teve início no século XII, quando o Condado Portucalense se tornou um reino independente sob o reinado de Afonso Henriques. Antes disso, Portugal fazia parte do Reino de Leão, que governava a região desde o século IX.

Foi Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, coroado em 1139 e governou até sua morte em 1185. Durante seu reinado, ele consolidou a independência de Portugal e expandiu o território do reino, conquistando várias cidades e regiões dos muçulmanos.

Após a morte de Afonso Henriques, no entanto, o trono passou para seu filho, Sancho I, que governou até 1211. Durante seu reinado, Portugal continuou a expandir seu território, conquistando a cidade de Alcácer do Sal dos muçulmanos.

Ao longo dos séculos seguintes, a Monarquia Portuguesa passou por altos e baixos, com períodos de grande autoridade e outros de crise e instabilidade política. No entanto, a monarquia continuou a ser a forma de governo predominante em Portugal até o século XX, quando derrubada pela Revolução de 1910.

Reinado de D. Afonso Henriques

Durante o reinado de D. Afonso Henriques, Portugal passou por grandes transformações políticas e territoriais.

O primeiro rei de Portugal foi responsável por consolidar a independência do país em relação ao Reino de Leão, conquistando diversas regiões que hoje fazem parte do território português. Além disso, ele também estabeleceu as bases do Estado Português, criando instituições como a Chancelaria Real e o Conselho Régio.

No âmbito religioso, D. Afonso Henriques foi um grande apoiador da Igreja Católica, tendo estabelecido relações próximas com o Papa e com os bispos portugueses. Ele também fundou diversas ordens religiosas em Portugal, como a Ordem de Cister e a Ordem dos Templários.

Apesar de ser um líder carismático e habilidoso, D. Afonso Henriques também lançou diversos desafios durante o seu reinado, como as ameaças constantes dos reinos vizinhos e as rebeliões internacionais. No entanto, ele conseguiu superar esses obstáculos e deixou um legado importante para a história de Portugal.

Dinastia de Borgonha

Durante a Dinastia de Borgonha, que durou de 1093 a 1383, Portugal passou por importantes mudanças políticas e culturais. Essa dinastia marcou-se por diversos reis, incluindo Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, que governou de 1139 a 1185.

Durante esse período, Portugal consolidou sua independência e expandiu suas fronteiras, conquistando territórios importantes, como Coimbra e Santarém. Além disso, a economia portuguesa cresceu significativamente, com o desenvolvimento da agricultura, pesca e comércio.

A arte e a cultura também floresceram durante a Dinastia de Borgonha, com a construção de monumentos importantes, como a Sé de Lisboa e o Mosteiro de Alcobaça. A literatura portuguesa também se desenvolveu nesse período, com a produção de obras importantes, como as cantigas de amigo e as cantigas de amor.

No entanto, a Dinastia de Borgonha também foi marcada por conflitos internos e externos, como as lutas pela sucessão do trono e as guerras com Castela. Esses conflitos enfraqueceram a posição de Portugal na Europa e ficaram ansiosos para a crise que culminou na Revolução de 1383-1385.

Em resumo, a Dinastia de Borgonha foi um período de grandes mudanças e desenvolvimento para Portugal, mas também foi marcada por desafios e conflitos que moldaram a história do país.

Dinastia de Avis

Durante a Dinastia de Avis, que durou de 1385 a 1580, Portugal passou por um período de grande estabilidade e proteção. Foi durante o reinado de D. João I que Portugal se tornou um reino independente, após a vitória na Batalha de Aljubarrota em 1385.

Com o início da expansão marítima portuguesa, durante o reinado de D. João II, Portugal tornou-se uma potência marítima e comercial. Foi nesse período que Vasco da Gama descobriu a rota para a Índia, abrindo caminho para o comércio de especiarias e outras riquezas do Oriente.

Durante o reinado de D. Manuel I, Portugal alcançou o auge de sua expansão territorial, com a conquista de novos territórios na África e na Ásia. Foi também durante esse período que se iniciou a construção do Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa, um dos mais belos exemplos da arquitetura manuelina.

No entanto, a Dinastia de Avis chegou ao fim em 1580, com a morte de D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir. Com a falta de um herdeiro direto, o trono português foi disputado por várias casas europeias, e acabou sendo ocupado pelo rei espanhol Filipe II, dando início ao período da União Ibérica.

Dinastia de Habsburgo

Durante a Dinastia de Habsburgo, Portugal esteve sob o domínio da Espanha por 60 anos. A união entre as duas coroas ocorreu em 1580, quando o Rei D. Sebastião desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir e não deixou herdeiros.

O Rei Filipe II da Espanha, que era neto do Rei português D. Manuel I, reivindicou o trono português e foi coroado como Filipe I de Portugal em 1581. A união das duas coroas durou até 1640, quando Portugal recuperou sua independência e restaurou a Dinastia de Bragança.

Durante o período de união com a Espanha, Portugal enfrentou dificuldades e políticas. A Espanha impôs altos impostos sobre Portugal e muitos portugueses se revoltaram contra o domínio espanhol. Além disso, a Inquisição espanhola foi orientada em Portugal, o que levou à adoração e execução de muitos judeus e cristãos-novos.

Apesar das dificuldades, a Dinastia de Habsburgo deixou um legado importante em Portugal. Durante esse período, foram construídos muitos edifícios importantes, como o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e a Torre dos Clérigos, no Porto. Além disso, a influência espanhola trouxe novas ideias e tendências artísticas para Portugal, o que enriqueceu a cultura portuguesa.

Dinastia de Bragança

Durante a Dinastia de Bragança, Portugal passou por diversos momentos históricos importantes. Primeiramente, período foi marcado pelo reinado de D. João IV, que iniciou a dinastia, e se estendeu até a proclamação da República Portuguesa, em 1910.

Durante o reinado de D. João IV, Portugal iniciou a Guerra da Restauração, que teve início em 1640 e terminou em 1668. A guerra foi travada contra a Espanha, que havia dominado Portugal desde 1580. A vitória portuguesa na guerra marcou o início de uma nova era para o país, que se tornou novamente independente.

Ao longo dos anos, a Dinastia de Bragança enfrentou diversos desafios, como a Guerra dos Sete Anos e as Invasões Francesas. Assim, durante o reinado de D. João VI, Portugal foi invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte, que estabeleceram um governo provisório no país. A presença francesa em Portugal durou até 1811, quando as tropas britânicas ajudaram a expulsar os invasores.

Por outro lado, durante o reinado de D. Pedro IV, Portugal iniciou a Guerra Civil Portuguesa, que teve início em 1828 e terminou em 1834. Foi a guerra travada entre os liberais e os absolutistas, e resultou na vitória dos liberais e na instauração de um regime constitucional em Portugal.

No geral, foi a Dinastia de Bragança marcada por momentos de grandes mudanças e desafios para Portugal. Apesar das dificuldades, o país conseguiu se manter independente e se desenvolver ao longo dos anos.

Revolução Liberal e a Constituição de 1822

Durante o século XIX, Portugal passou por grandes mudanças políticas e sociais. Uma dessas mudanças foi a Revolução Liberal, que ocorreu em 1820. Foi a revolução liderada por um grupo de liberais que desejava acabar com o absolutismo e estabelecer uma monarquia constitucional em Portugal.

Como resultado da Revolução Liberal, criou-se a Constituição de 1822, que estabeleceu a separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário, e garantiu a liberdade de expressão, de imprensa e de religião. A Constituição também estabeleceu o sufrágio censitário, ou seja, apenas os homens com uma determinada renda podiam votar.

A Constituição de 1822 foi um marco na história de Portugal, pois pela primeira vez o país tinha uma constituição escrita e um governo limitado pelos direitos e deveres impostos na Constituição. No entanto, a Constituição não foi bem recebida por todos os setores da sociedade portuguesa, especialmente os setores conservadores e os defensores do absolutismo.

Apesar das críticas, a Constituição de 1822 estabeleceu as bases para uma modernização política e social de Portugal. A partir desse momento, o país passou a ter um sistema político mais democrático e representativo, e a sociedade portuguesa começou a se abrir para as ideias liberais e democráticas que estavam se espalhando pela Europa naquela época.

Revolução de 1820 e Constituição de 1826

Em 1820, Portugal passava por uma crise econômica e política, que resultou na Revolução de 1820. Foi o movimento inspirado pela burguesia, que buscava a implantação de um governo constitucionalista.

A Revolução de 1820 foi um marco importante na história de Portugal, pois resultou na promulgação da Constituição de 1826. Esta Constituição inspirou-se na Constituição espanhola de 1812 e estabeleceu uma monarquia constitucional em Portugal.

A constituição de 1826 estabeleceu a separação dos poderes, a liberdade de imprensa, a liberdade de reunião e a liberdade de expressão. Além disso, a Constituição prévia a criação de uma Assembleia Constituinte, que deveria elaborar uma nova Constituição em um prazo de dois anos.

No entanto, a Constituição de 1826 não foi bem aclamada por todos os setores da sociedade portuguesa. Os liberais criticavam a Constituição por ser muito conservadora e por manter o poder absoluto do rei. Já os absolutistas criticavam a Constituição por ser muito liberal e por limitar o poder do rei.

Apesar das críticas, a Constituição de 1826 foi um passo importante na consolidação da monarquia constitucional em Portugal.

Guerra Civil Portuguesa

Durante a época monárquica de Portugal, o país provocou diversos conflitos internos, incluindo a Guerra Civil Portuguesa. Este conflito ocorreu entre 1828 e 1834, motivado pela disputa entre dois irmãos pelo trono português: D. Pedro IV e D. Miguel.

D. Pedro IV, que coroou-se como rei do Brasil em 1822, abdicou do trono brasileiro em 1831 e assumiu a Portugal para assumir o trono português. No entanto, seu irmão mais novo, D. Miguel, também reivindicou o trono e se proclamou rei em 1828.

A Guerra Civil Portuguesa marcou-se por batalhas sangrentas e pelos envolvimentos de potências estrangeiras, como a França e a Grã-Bretanha. A guerra terminou em 1834, com a vitória de D. Pedro IV e a assinatura do Tratado de Paz de 1834.

Durante a Guerra Civil Portuguesa, muitos portugueses perderam suas vidas e o país sofreu danos sofridos em sua infraestrutura. Além disso, o conflito deixou marcas profundas na sociedade portuguesa, com a divisão entre os partidários de D. Pedro IV e D. Miguel se estendendo por décadas após o fim da guerra.

Em resumo, a Guerra Civil Portuguesa foi um dos conflitos internos mais sangrentos da história de Portugal, e teve um impacto duradouro na sociedade e na política do país.

Fim da Monarquia e Proclamação da República

Em Portugal, a Monarquia chegou ao fim em 5 de outubro de 1910, quando proclamou-se a República. O movimento republicano ganhou força no final do século XIX, com a criação do Partido Republicano Português em 1876.

Foi a proclamação da República liderada por um grupo de militares e civis, que formaram a Junta Revolucionária. Eles conseguiram derrubar o rei D. Manuel II, que foi exilado para o Reino Unido.

Com a proclamação da República, instituiu-se um governo provisório, liderado pelo presidente Manuel de Arriaga. Em 1911, promulgou-se uma nova Constituição, que estabeleceu a República como forma de governo e separação entre Igreja e Estado.

A mudança de regime trouxe consigo diversas mudanças políticas e sociais. O novo governo promoveu a secularização do Estado, a reforma agrária e a melhoria das condições de vida da população. No entanto, a instabilidade política e econômica marcou os primeiros anos da República, com diversas tentativas de golpe e revoltas populares.

Em 1926, foi instaurada a Ditadura Militar, que acabou por dar origem ao Estado Novo em 1933, liderada por António de Oliveira Salazar. Foi a República Portuguesa restaurada em 25 de abril de 1974, com a Revolução dos Cravos.

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Fernando Nascimento
Fernando Nascimento
Acadêmico em Direito.
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